Alma perdida!

sexta-feira, junho 19, 2009

Negrume

Há coisas para as quais o alarme cerebral dispara, não que me preocupe a vida de outros, nem que isso me interesse ou gaste os neurónios com tais assuntos.

No entanto, deixa-me inquieta quando essas questões me prejudicam, desta ou daquela forma, prejudicam pela injustiça profissional e financeira.

Quando se toma atitudes egoístas, malfeitoras cujo objectivo é a obtenção rápida da sua prevaricação, depreende-se que a imagem singela e indefesa é uma forma de manipulação do ambiente e seus intervenientes.

A constante curiosidade e atenção já me deixam com náuseas.

sexta-feira, outubro 17, 2008

A Frase....


... Triste daquele cujo ego não o deixa ver para além do seu umbigo...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Memória

Gritar ao vento,
Minha alma se encandeia…
Mil palavras ficam por dizer…
Como te encontrar, como saber de ti?!?!
Anos passaram e eu sem d ti saber…
Porque não me sais da memória, sem nunca nada ter havido entre nós?!?!
Ao longe, onde o céu termina e o mar começa…
Tua imagem reflecte-se nas águas límpidas …
Caminhos cruzados, utopia…

segunda-feira, outubro 02, 2006

Bastet

Navego perdida em pensamentos mil…
Como começar, se nem a ponta encontro…
Como diz uma Amiga, mui querida… “sou uma mulher de esquerda”
Nesta fase, quem não é!?!
A revolta nasce da falta de alternativa, da falta de resposta…
Amplas liberdades, se a própria liberdade de expressão não é permitida!
Quem ousa comentar, criticar ou sugerir algo contrário!??!
Se o fizer é colocado na “prateleira” e deixado ao abandono…
Estamos num país de tristes resoluções, de oportunismo selvático e desmedido…
Quando a experiência profissional é motivo de exclusão, pois implica maior salário…
Quando não se pode exigir os direitos de trabalhador, pois corremos o risco de despedimento… Que fazer? Temos que aguentar e suportar, o dinheiro faz falta no final do mês e os nossos filhos não podem esperar para amanhã para comer…
Estamos a atravessar num caminho obscuro e sem retorno…

terça-feira, setembro 26, 2006

Cousas

Amargo a falta de controlo, com tanto acontecimento, quem consegue controlar os sentimentos!?!?!
Pois, mas já consegui apanhar as rédeas… saíram todos da “caixinha”, sentimentos atrevidos que, por distracção, se soltaram.
Para que não se descontrolem, há que os apanhar, guardar e organizar.
Assim, volto a encaminhar-me racionalmente e mais forte!
Acordei envolta em mistério,
Foi um sonho reconfortante e esclarecedor…
Foi o alerta para a razão.
Despertei para uma nova fase…
Decisão tomada está!!!!!!
Que português este!?!?!? É assim que me apetece transcrever o que me vai na alma…
Lá dizia alguém um dia… “ se tudo deres, tudo perdes… acalenta tua mente, acorrenta o coração e deixa que o torpor passe…” Remédio Santo, que nem os Santos me podem ajudar… cousas mais graves lhes ocupa o tempo.
Doravante, abrir a janela e deixar que a frescura do tempo me arrefeça e fortaleça.

Fundo do mar


No fundo do mar há brancos pavores,

Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.

Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I

A MENSAGEIRA DAS VIOLETAS

Versos

Versos! Versos! Sei lá o que são versos...
Pedaços de sorriso, branca espuma,
Gargalhadas de luz, cantos dispersos,
Ou pétalas que caem uma a uma...
Versos!... Sei lá! Um verso é o teu olhar,
Um verso é o teu sorriso e os de Dante
Eram o teu amor a soluçar
Aos pés da sua estremecida amante!
Meus versos!... Sei eu lá também que são...
Sei lá! Sei lá!... Meu pobre coração
Partido em mil pedaços são talvez...
Versos! Versos! Sei lá o que são versos...
Meus soluços de dor que andam dispersos
Por este grande amor em que não crês...


Eu...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!



(Florbela Espanca)

terça-feira, setembro 19, 2006

Sono

Dormir mal e mal acordar, não dá saúde nem força… Mas, dormir sem descansar e acordar como se do sono nem rasto, nem miragem se visse… é do pior!!!
A cabeça não descansa, é muita coisa para arrumar, muita coisa para resolver, se para umas a resolução é rápida, para outras só a ajuda do tempo lhes trará resolução. Apesar de todo este emaranhado, sinto-me bem, com uma grande vontade de percorrer caminhos novos, de encontrar a serenidade e, “qui ça”, a felicidade.
No Universo, cuja grandeza se faz de pequenas partículas que, no seu todo, fazem a imensidão…
São dessas pequenas “partículas” que se fazem os grandes momentos que nos marcam para toda a vida.
Não estou inspirada, estou simplesmente nostálgica e embora exteriormente calma… estou com uma grande, muito grande NEURA!

terça-feira, setembro 05, 2006

Acordar...

Dia a dia recordo os tempos de juventude, foram vividos intensamente e repletos de mil sintonias desorganizadas e paralelismos sem fim. Foram fases complexas, foram a construção do meu livro de vida. Aprendizagem difícil e óptima para uma rebelde, para a procura e descoberta do meu ser.
Na procura constante da razão da minha existência, muitos seres maravilhosos passaram e outros ficaram junto de mim, outros de existência fútil e de um vazio infindável passaram sem deixar marcas, somente o facto de existirem lhes deu o direito de sonharem com uma presença.
Hoje, sem procurar, encontro e reencontro aqueles que deixaram verdadeiras marcas de felicidade e conhecimento no meu coração. Por burrice, perdi anos da minha vida na busca daquilo que não existia. Finalmente, ultrapassada, resolvida e arrumada!
Voltei a pensar em mim, voltei a estar com aqueles que sempre cá estiveram, que sempre me apoiaram e partilharam os bons e maus momentos. Descobri seres maravilhosos, de encantos mil.
Voltei a sentir-me mulher, com defeitos e qualidades, voltei a sentir que a minha existência tem mais objectivos para além de ser mãe…